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O Sagrado Coração de Jesus

A devoção ao “manso e humilde” Coração de Cristo é de suma importância para o crescimento no amor de Deus e nas virtudes da fé, esperança e caridade.

Segundo a Tradição, o coração é o centro de onde emergem todos os desejos, sentimentos e propósitos do ser humano. Nesse caso, Jesus amou-nos não apenas com amor divino, mas, por sua natureza humana, amou-nos também com amor espiritual e sensível.

 

A Igreja fez questão de afirmar solenemente essa verdade do tríplice amor de Deus contra tantos hereges que, de alguma forma, quiseram negar a união hipostática em Jesus e tudo mais que decorre dessa verdade. Para afastar qualquer dúvida sobre isso, o Papa Pio XII defendeu firmemente que o amor que se exala do Evangelho, das cartas dos apóstolos e das páginas do Apocalipse, onde se descreve o amor do coração de Jesus, não compreende somente a caridade divina, mas se estende também aos sentimentos do afeto humano. Para todo aquele que faz profissão de fé católica, essa verdade é indiscutível. (Haurietis Aquas, n. 21).

O amor sensível do Coração de Jesus diz respeito aos seus afetos. Ele sentiu compaixão, tristeza, angústia, raiva e alegria por amor a nós, a fim de nos redimir inteiramente. Portanto, “o coração de Cristo, unido hipostaticamente à pessoa divina do Verbo, sem dúvida deve ter palpitado de amor e de qualquer outro afeto sensível” (Haurietis Aquas, n. 22).

A alma humana de Jesus também nos amou profundamente. Na hora da paixão, Nosso Senhor permitiu que toda a agitação dos Seus afetos — medo, angústia, pavor etc. — oprimisse a sua carne para que, com um ato de vontade ainda mais determinado, Ele ordenasse os próprios impulsos e manifestasse totalmente o amor de Deus pela humanidade. Trata-se de uma característica bem humana. Por isso, “Jesus Cristo tomou em si a natureza humana perfeita, o nosso corpo frágil e caduco, para nos proporcionar a salvação eterna e manifestar, patentear em forma sensível o seu infinito amor a nós” (Haurietis Aquas, n. 24). Ademais, Jesus nos amou com amor divino por estar intimamente unido à Trindade Santíssima. Ele é o ungido do Pai, aquele em quem Deus colocou toda a Sua afeição.

Todos esses três amores de Jesus agem, pela fé, em nosso coração, com a finalidade de nos redimir e tornar-nos verdadeiros devotos de Deus. A devoção nada mais é que a expressão sincera de um amor profundo por Deus, sobretudo a devoção ao Seu Sacratíssimo Coração, que “é um ato de religião excelentíssimo, visto exigir de nós uma plena e inteira vontade de entrega e consagração ao amor do divino Redentor, do qual é sinal e símbolo vivo o seu coração traspassado”. Os devotos do Sagrado Coração terminam, eles mesmos, manifestando três amores: o sensível, o racional e o divino, pela unção do Espírito Santo, que faz crescer o nosso homem interior.

Parte do texto extraído de: https://padrepauloricardo.org/episodios/o-sagrado-coracao-de-jesus

As 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus tem sua origem na Sagrada Escritura

A devoção ao Sagrado Coração, de um modo visível, aparece em dois acontecimentos fortes do Evangelho: no gesto de São João, discípulo amado, encostando a sua cabeça em Jesus durante a Última Ceia (cf. Jo 13,23); e, na cruz, onde o soldado abriu o lado de Jesus com uma lança (cf. Jo 19,34).

Em um acontecimento, temos o consolo de Cristo pela dor na véspera de Sua morte. No outro, o sofrimento causado pelos pecados da humanidade. Esses dois exemplos do Evangelho nos ajudam a entender o apelo de Jesus feito, em 1675, a Santa Margarida Maria Alacoque: “Eis este coração que tanto tem amado os homens. Não recebo da maior parte senão ingratidões, desprezos, ultrajes, sacrilégios e indiferenças. Eis que te peço que a primeira sexta-feira depois da oitava do Santíssimo Sacramento (Corpo de Deus) seja dedicada a uma festa especial para honrar o Meu coração, comungando, neste dia, e dando-lhe a devida reparação por meio de um ato de desagravo para reparar as indignidades que recebeu durante o tempo em que esteve exposto sobre os altares. Prometo-te que o Meu Coração se dilatará para derramar com abundância as influências de Seu divino amor sobre os que tributem essa divina honra e que procurem que ela lhe seja prestada.”

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O Santo João Paulo II sempre cultivou essa devoção e sempre a incentivou a todos que desejam crescer na amizade com Jesus. Em 1980, no dia do Sagrado Coração, ele afirmou: “Na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a liturgia da Igreja concentra-se, com adoração e amor especial, em torno do mistério do Coração de Cristo. Quero, hoje, dirigir, juntamente convosco, o olhar dos nossos corações para o mistério desse coração. Ele falou-me desde a minha juventude. A cada ano, volto a esse mistério no ritmo litúrgico do tempo da Igreja.”

Santa Margarida Maria de Alacoque

Conheça agora as 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque:

1ª Promessa: “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração”;

2ª Promessa: “Eu darei aos devotos de Meu Coração todas as graças necessárias a seu estado”;

3ª Promessa: “Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias”;

4ª Promessa: “Eu os consolarei em todas as suas aflições”;

5ª Promessa: “Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte”;

6ª Promessa: “Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos”;

7ª Promessa: “Os pecadores encontrarão, em meu Coração, fonte inesgotável de misericórdias”;

8ª Promessa: “As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção”;

9ª Promessa: “As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição”;

10ª Promessa: “Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos”;

11ª Promessa: “As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração”;

12ª Promessa: “A todos os que comunguem, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.

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Devocionário para baixar (necessário fazer login no OneDrive Microsoft)

O Sagrado Coração de Jesus - segundo Santo Afonso de Ligório

Meditações para o Mês do Sagrado Coração, A Hora Santa e a Primeira Sexta-Feira do Mês

coligidas das Obras do Santo Doutor pelo Pe. Saint-Omer, Redentorista. Edição de 1926 - 440 págs.

Consagração diária do Trabalho ao Coração de Jesus

Senhor Jesus, eu consagro ao vosso Sagrado Coração o meu trabalho e as pessoas que trabalham ou que têm contato comigo. Que eu seja fiel a Ti, Senhor, não me perdendo em conversas ou ações que não testemunhem a Tua presença em minha vida. Afastai de todos nós o espírito do mal e enviai os vossos anjos para que nos guardem e defendam. Reprimi, Senhor, as forças maléficas, venham elas das intempéries, dos homens ou do espírito maligno. Seja este local de trabalho preservado de roubos, assaltos, da perseguição, da falta de trabalho, do desemprego, da mentira, da traição, da inveja, incêndios e tempestades.

Que a vossa infinita bondade penetre nos corações de todos os que aqui trabalham. Que neste local reine a paz duradoura, a tranquilidade benfazeja e a caridade que une os corações. Que a saúde, a compreensão, a alegria, e o trabalho sejam permanentes. Senhor, que nunca nos falte o trabalho, o pão em nossa mesa, o alimento que dá energia ao nosso corpo e fortalece o nosso ânimo. Assim nos tornemos capazes de resolver todos os problemas, superar todas as dificuldades e cumprir as tarefas que as nossas obrigações diárias nos impõem. Que eu seja a Tua luz, o Teu evangelho e o Teu amor para aqueles que não O conhecem, para Tua honra e glória e para o Teu plano de salvação. No vosso coração deposito a minha confiança. Amém!

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Revelações a Irmã Maria de São Pedro

Irmã Maria de São Pedro foi uma monja carmelita em Tours, França e viveu de 1816 a 1848. No dia 24 de novembro de 1843, Nosso Senhor lhe comunicou as seguintes palavras:

 

"A terra está repleta de crimes. A violação dos três Mandamentos de Deus tem ofendido ao meu Pai. O Santo Nome de Deus tem sido blasfemado e o Santo dia do Senhor profanado, aumentando a quantidade de iniquidades. Estes pecados se acumularam até o Trono de Deus e tem provocado a sua ira, ao qual está prestes a cair se a sua justiça não for aplacada. Jamais estes crimes chegaram a tal ponto".

 

Anteriormente, Irmã Maria de São Pedro tinha recebido uma comunicação especial de Nosso Senhor, no dia 24 de agosto de 1843:

 

Ele me abriu seu Coração e juntando ali as forças de minha alma, se dirigiu-se a mim com as palavras:

 

Meu nome é blasfemado em todas as partes, até mesmo as crianças me blasfemam! 

 

Ele me fez entender que este espantoso pecado fere horrivelmente seu Divino Coração, mas do que qualquer outro. Por meio da blasfêmia o pecador maldiz a Face de Deus, o ataca abertamente, anula a redenção e pronuncia sua própria condenação e juízo. A blasfêmia é uma flecha envenenada que sempre fere seu Divino Coração. Ele me disse que deseja dar-me uma flecha de ouro com o qual possa ferir com delícias seu Coração e curar essas feridas infligidas pela malícia dos pecadores.

Esta é a origem da oração que quase todos conhecemos: a flecha de ouro.

 

“Que o Santíssimo, Sacratíssimo, Adorável e incompreensível e inefável Nome de Deus seja sempre louvado, santificado, amado, adorado e glorificado, no Céu, na Terra e em todo o Universo, por todas as criaturas de Deus e pelo Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar. Amém.”

 

Nosso Senhor disse que esta oração desencadeia uma “torrente de graças para os pecadores”. Vemos que o céu facilita nossa colaboração na salvação das almas. Podemos aprender de memória estas orações que o céu nos dá e repeti-las para consolar a Nosso Senhor, oferecendo-lhe reparação. 

 

Nestas comunicações do Céu, foi pedido a Irmã Maria de São Pedro para fazer uma comunhão reparadora pela profanação do domingo (pecado contra o terceiro mandamento). 


Irmã Maria de São Pedro escreve:


 ““... O Senhor me ordenou fazer a comunhão no domingo por três intenções particulares:


1) Em espírito de expiação pelos trabalhos proibidos feitos aos domingos, que, como um dia de observância deve ser santificado;


2) Para aplacar a Justiça Divina que está prestes a ser desencadeada por causa da profanação de dias santos;


3) Para rezar pela conversão dos pecadores que profanam os domingos, e para impedir a realização do trabalho proibido aos domingos”.

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Oração ao Sagrado Coração de Jesus

Coração Dulcíssimo de Jesus, o mais santo, mais terno, mais amável e bondoso de todos os corações! Ó Coração vítima de amor, eterno gozo do Empíreo, conforto do mísero mortal e esperança última dos degredados filhos de Eva: ouvi, benigno, as nossas súplicas e cheguem a Vós os nossos gemidos e clamores. No Vosso amoroso seio, terno e carinhoso, nos acolhemos na presente necessidade, como se acolhe confiado o menino no regaço de sua querida mãe, persuadidos de que havemos de achar em Vós quanto no presente necessitamos; porque o Vosso amor e ternura para conosco excedem sem comparação aos que tiveram e terão todas as mães juntas para com seus filhos.

Lembrai-Vos, ó Coração entre todos o mais fiel e generoso, das magníficas e consoladoras promessas que fizestes a Santa Margarida Maria Alacoque, de conceder, com mão larga e dadivosa, especiais auxílios e favores a todos os que recorrerem a Vós, verdadeiro tesouro de graças e misericórdia. Vossas palavras, Senhor, devem ser cumpridas: antes passarão o Céu e a Terra do que Vossas promessas deixem de realizar-se. Por isso, com a confiança que pode inspirar um pai a seu filho muito querido, nos prostramos diante de Vós, e com os olhos fitos em Vós, ó amante e compassivo Coração, humildemente Vos rogamos acedais propício à prece que Vos fazem estes filhos de Vossa doce Mãe. 

Apresentai, ó amabilíssimo Redentor, a Vosso Eterno Pai as feridas e chagas que em Vosso corpo sacratíssimo recebestes, particularmente a do lado, e nossas súplicas serão escutadas, e nossos desejos satisfeitos.  Se o quiserdes, dizei apenas uma palavra, ó Coração Onipotente, e logo experimentaremos os efeitos da Vossa virtude infinita, porque ao Vosso império e vontade se sujeitam e obedecem o Céu, a terra e os abismos.

Não sirvam de obstáculo nossos pecados e as injúrias com as quais Vos ofendemos, para que deixeis de compadecer- Vos dos que bradam a Vós; mas antes, esquecendo a nossa ingratidão e perfídia, derramai com abundância sobre nossas almas os inesgotáveis tesouros de graça e misericórdia que em Vosso Coração se encerram, para que, depois de ter-Vos servido fielmente nesta vida, possamos entrar nas moradas eternas da glória, para cantar, sem fim, Vossas misericórdias, ó amante Coração, digno de suma honra e glória, por todos os séculos dos séculos.

 

Amém.

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